Inovando a conexão do Brasil ao mundo a partir dos containers

  • 15/11/2023
  • 11 minutos

No cenário empresarial cada vez mais globalizado e competitivo, a eficiência logística se torna fundamental para o sucesso das empresas, especialmente para aquelas envolvidas em comércio internacional.

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É neste contexto que o Tecon Rio Grande emerge como protagonista, sendo referência na costa leste da América do Sul. “Somos pioneiros, o primeiro terminal de containers privatizado do País” afirma Rodrigo Velho, diretor comercial da unidade.

Com pouco mais de 25 anos de operação, o terminal atua nas principais linhas marítimas que conectam o sul do Brasil ao mundo, apresentando uma infraestrutura de ponta. “Nossa dedicação com a inovação é uma constante”, um compromisso que se manifesta por meio da volumosa cifra de mais de 275 milhões de dólares investidos em infraestrutura, equipamentos, treinamento e tecnologia. 

Sobre o futuro, a automação e a transformação em hub port da região do Cone Sul, agregando escalas da Argentina e Uruguai, marcam o início de um movimento mais amplo para o terminal. “A gente entende que por vocação e capacidade, estamos muito perto de ver isso acontecer”. Confira a entrevista a seguir e descubra tudo o que o Tecon Rio Grande é capaz de proporcionar para o seu negócio.

Conectividade global

Localizado a 320 km de Porto Alegre, o Tecon Rio Grande possui incríveis 735 mil m2 e compreende a maior área de pátio do país. Integrante do complexo portuário denominado Superporto do Rio Grande, é o ponto geográfico central que oferece a maior profundidade para os navios operarem, além de ser o porto marítimo mais meridional do Brasil.

Este ponto de conexão estratégica entre o sul do país e o mundo, com acesso direto a 11 importantes linhas marítimas, é uma porta de entrada para importadores e de saída para exportadores que buscam ampliar seus horizontes comerciais. Conectado ao Tecon Santa Clara, solução multimodal também operada pela Wilson Sons, o terminal é capaz de movimentar cargas com segurança, sustentabilidade e eficiência em custos, por meio de quatro escalas semanais de navegação pela Lagoa dos Patos.

“Essa conectividade global oferece a oportunidade de alcançar mercados internacionais de forma eficiente e sustentável. O transporte de containers entre a região metropolitana de Porto Alegre até o Tecon Rio Grande, por meio do Tecon Santa Clara, promove uma redução de mais de 90% na emissão de CO2 no transporte de cargas, uma redução importante para empresas comprometidas com a agenda ESG”.

O compromisso com a sustentabilidade é um diferencial que o terminal da Wilson Sons proporciona, atestado por órgãos e entidades internacionais, como o selo ouro do programa GHG Protocol, alcançado pelo terceiro ano consecutivo. A certificação é o mais alto nível de reconhecimento a empresas que demonstram transparência em seus inventários de emissões de gases de efeito estufa e garante a rastreabilidade da fonte de energia que chega ao terminal, zerando as emissões de carbono provenientes de seu consumo.

Inclusive, toda a energia elétrica gerada para o seu funcionamento virá de fontes renováveis já a partir de 2024. “Nosso compromisso com a eficiência energética vai desde o retrofit de toda nossa infraestrutura até a substituição de equipamentos para mais sustentáveis, como os primeiros guindastes elétricos sobre rodas do Brasil, um marco que compartilhamos com o Tecon Salvador, terminal da Wilson Sons na Bahia”, explica Velho.

Além de oferecer serviços especializados em comércio exterior e cabotagem, o Tecon Rio Grande atua na containerização de cargas não tradicionais, como no caso de grãos e fertilizantes. Essa evolução do processo de containerização é extremamente relevante, garante o executivo. “Esta é uma solução eficiente até mesmo para commodities que não são tradicionalmente containerizadas, a exemplo da soja e trigo, importantes produtos da balança comercial do Brasil”.

Justamente por atuar com uma postura inovadora, Velho admite que atendimento e suporte são de extrema importância, salientando que a comunicação eficaz é vital para o sucesso da logística internacional. “O Tecon Rio Grande oferece visibilidade em tempo real em todas as etapas do processo logístico, permitindo que nossos parceiros tomem decisões assertivas”, afirma.

Tecon Rio Grande: precursor de tecnologias no setor portuário brasileiro

O histórico de pioneirismo do Tecon Rio Grande é vasto. A começar por ser o primeiro terminal privatizado do País, concessão celebrada pela Wilson Sons em 1997. Pouco tempo depois, em 1999, a companhia deu início às obras de duplicação do cais, que passou de 300 metros para 600 metros de extensão, e já em 2000, o terminal celebrava a sua primeira operação simultânea, recorda o executivo. “Hoje, o Tecon Rio Grande tem capacidade estática de 25 mil TEU, distribuídos em três berços preparados para receber os maiores navios que navegam pela costa brasileira. Fora isso, dispomos de 9 STSs, 22 RTGs, 2 Mobile Cranes, 12 Reach Stackers e 10 gates totalmente automatizados”.

A automação foi, e segue sendo, a chave para aumentar a eficiência operacional e reduzir custos na logística internacional, explica Velho. O terminal é reconhecido como o mais automatizado do país, o que significa que seus parceiros podem contar com processos mais ágeis e precisos em suas operações. “À medida que os volumes de cargas vão crescendo, é preciso ganhar eficiência, e a tecnologia vem ajudar nisso. Hoje, temos à disposição o Navis N4, que fornece uma visão completa do pátio e organiza as cargas da maneira mais eficiente possível. A eletrificação de equipamentos e a digitalização fazem com que tenhamos um ganho de produtividade constante. Somente no ano passado, registramos uma média de 90 mph “, afirma.

Aliado ao incremento em produtividade, o compromisso com a adoção de novas tecnologias rendeu a Wilson Sons o convite para ser o primeiro e único membro da América Latina no TIC 4.0, comitê global da indústria de terminais, que fomenta novos paradigmas para o setor e saltos tecnológicos em grande escala.

“Temos o sistema de operação portuária mais moderno do mundo e fazemos o escaneamento em 100% das nossas cargas muito rapidamente. Essa já é a nossa realidade. A novidade é a gestão de equipamentos autônomos e remotos, que estamos desenvolvendo junto ao comitê”.

Embora o compromisso com a inovação seja um norteador das operações, Velho relembra a centralidade do container na logística: “A gente gosta muito de falar sobre tecnologias disruptivas hoje em dia, mas a invenção do container em si, ainda nos anos 1950, foi imprescindível para o comércio internacional. O mesmo container que embarca em Rio Grande desembarca em Rotterdam e vice versa. Atualmente, vemos um incremento tecnológico significativo na própria estrutura do container, muito além do controle de temperatura, mas com rastreamento de geolocalização em tempo real”. 

Para além dos investimentos em tecnologia, o Tecon Rio Grande projeta um crescimento expressivo em sua transformação em hub port, uma estrutura concentradora de navegação na região do Cone Sul, que engloba a Argentina e o Uruguai, centralizando operações de transbordo e reexpedição de mercadorias:

“A gente entende que por vocação e capacidade, estamos muito perto de ver isso acontecer. Ou seja, o Tecon Rio Grande tem plena capacidade para receber parceiros de outros portos internacionais, como dos portos de Buenos Aires e Montevidéu, fazer o transbordo e conectá-los aos principais portos do mundo”.

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