Sustentabilidade e inovação apontam caminho para o setor marítimo e portuário

  • 28/11/2023
  • 12 minutos

Bons ventos apontam para uma direção promissora no setor marítimo e portuário: na mesma velocidade em que os navios crescem e o fluxo de navegação se intensifica, a busca pela descarbonização avança como uma prioridade global.

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Unindo o conhecimento aprofundado das condições de navegação no Brasil, ao emprego de tecnologias e à adoção de práticas mais sustentáveis renderam aos Rebocadores da Wilson Sons a liderança no mercado.

Uma série de fatores contribuíram para que a empresa esteja nesse patamar. A implementação do centro de operações com monitoramento em tempo real, o uso de seu moderno simulador para treinamentos e a colaboração com um polo de inovação, aceleraram a transformação verde da frota. “Nosso sucesso vai muito além dos nossos rebocadores. A tecnologia desponta, trazendo ganhos de sustentabilidade”, afirma Elísio Dourado, diretor comercial da unidade de Rebocadores da Wilson Sons.

Ainda muito está por vir, garante o executivo. Com uma série de novas embarcações sendo entregues, a unidade se prepara para um futuro com ainda mais tecnologia e menos emissões. “Estamos bem posicionados. Com o fortalecimento da nossa frota, nossa perspectiva é de crescimento”. Confira a entrevista.

A descarbonização do setor marítimo é um desafio complexo e urgente. A pressão para reduzir as emissões e minimizar o impacto ambiental tem incentivado as empresas de navegação a repensarem suas operações globalmente.

Os Rebocadores são as embarcações com alta potência, responsáveis pela segurança e manobrabilidade dos navios que atracam em terminais e portos em todo o mundo. No Brasil, os Rebocadores da Wilson Sons formam a frota mais potente e com a maior cobertura em milha náutica. “Estamos fortalecendo nossa frota, seguindo padrões internacionais. Recebemos os 4 primeiros rebocadores de uma série de 6”.

Este movimento, anunciado ainda em 2021, contou com um investimento adicional de aproximadamente 300 mil dólares em cada uma dos rebocadores, o que garante a eles a notação IMO TIER III, que atesta a redução de mais de 70% na emissão de dióxido de nitrogênio, explica o executivo. “Construídos nos Estaleiros da Wilson Sons, os novos modelos também contam com um design de casco inovador, possibilitando uma redução de até 14% do consumo de combustível quando comparado com um rebocador de tração estática similar”.

Com mais de 185 anos de atuação e com operações notáveis que se misturam com a História do Brasil, como a rebocagem do vão-central da Ponte Rio-Niterói, foi no mesmo ano em que anunciou a nova frota, que a Wilson Sons também se tornou membro do Carbon Disclosure Project (CDP), organização internacional sem fins lucrativos que possui foco no gerenciamento proativo da redução da pegada de carbono e, desde então, vem apresentando um desempenho consistente nesta agenda, acima da média para o seu segmento.

Além disso, a companhia também passou a divulgar suas iniciativas ambientais por meio de seu Relatório de Sustentabilidade.

Operando em mais de 30 portos e terminais por toda a costa, a Wilson Sons dispõe de uma Central de Operações de Rebocadores (COR), que apoia na elaboração de estratégias operacionais, garantindo a segurança e o uso racional de recursos que causam impactos ambientais.

Com monitoramento em tempo real de todas as atividades por meio de uma rede de antenas de Automatic Identification System (AIS), a central funciona ininterruptamente há mais de 10 anos, proporcionando uma redução de até 5% no consumo de combustível em cada operação, garante o executivo.

Navegar somente quando necessário, no momento certo, com a embarcação adequada, e com a velocidade ideal. Desta forma, estamos reduzindo nossas emissões, sem prescindir da segurança, o principal produto entregue para nossos Clientes.

Rebocadores: explorando novas fronteiras tecnológicas

Se por um lado a companhia se dedica a integrar a sustentabilidade ao seu negócio, por outro, o compromisso com a potência e à inovação só aumenta: com o crescimento no tamanho dos navios que navegam pela costa brasileira, os rebocadores precisam se tornar ainda mais potentes.

O cenário mundial mudou e os navios estão maiores para otimizar o frete. Aqui no Brasil, observamos o mesmo movimento, principalmente nas rotas de commodities, como o minério de ferro, com mais contêineres. Por isso, investimos fortemente em engenharia. Mais da metade de nossa frota possui mais de 60 bollard pull, e os novos, ultrapassam 90.

A manobrabilidade dos Rebocadores da Wilson Sons desponta como um grande diferencial. “Nossa capacidade de operar em canais mais estreitos proporciona mais segurança aos armadores”. Além disso, a conectividade a aplicativos garante uma comunicação eficiente com o parceiro, acrescenta Dourado. 

Aqui na Wilson Sons temos sistemas que atendem esta demanda. Com o WS Connect, nosso parceiro pode entender todos os dados de sua operação, não apenas como a localização do seu navio, documentação, e próximas escalas, mas também análises preditivas em relação à sua carga. Toda essa informação é produzida dentro da companhia, e essa é mais uma forma que podemos apoiar decisores no seu planejamento logístico e, assim, construir um relacionamento com bases sólidas na confiança.

Este não é o único exemplo do emprego de novas tecnologias. “Sem dúvidas, a Wilson Sons atua com liderança em inovação no setor. Com o Tug Lab, estamos sempre em busca da melhoria contínua de nossas operações, e com nosso simulador imersivo, no Centro de Aperfeiçoamento Marítimo William Salomon, treinamos toda nossa equipe de comandantes, reproduzindo situações personalizadas para cada porto, garantindo a segurança e a eficiência das operações reais no mar”, acrescenta o executivo. 

Além disso, a Wilson Sons tem um relacionamento estreito com startups do setor, mais conhecidas como shiptechs. Desde 2019, a companhia é parceira do Cubo Itaú, o maior centro de empreendedorismo tecnológico da América Latina, e fundou como membro-integrante o Cubo Maritime & Port, primeiro hub de inovação dedicado ao setor na região.

Dessa relação, já nasceram grandes projetos, como o recente lançamento do ArTeMIS, software de monitoramento de embarcações em tempo real desenvolvido em parceria com a Argonáutica, startup integrante do hub que, inclusive, recebeu aportes da companhia no último ano. “Uma das vantagens do ArTeMIS é a integração com fontes externas de dados, possibilitando checar as condições meteorológicas dos portos, como maré, corrente e vento”.

Até então, a companhia dispunha de parcerias com startups estrangeiras, como a DockTech, que transformou a frota de mais de 80 Rebocadores da Wilson Sons em verdadeiros mineradores de dados. “Somos a maior frota do Brasil e temos a maior cobertura do País. Ao utilizar a tecnologia de gêmeos digitais para acompanhar em tempo real as condições de profundidade do leito marítimo de portos e vias de navegação em que atuamos, é possível entender padrões de assoreamento e promover uma navegação mais segura, sustentável e eficiente”.

Assim, a frota se tornou capaz de gerar dados de inteligência que apoiam no planejamento logístico tanto de armadores, quanto de terminais e portos, rendendo, inclusive, o primeiro contrato assinado entre uma autoridade portuária brasileira e uma shiptech estrangeira.

Sobre o futuro, Dourado é otimista. Com o aumento das exportações, principalmente de commodities agrícolas, o Brasil vem observando uma ampliação do fluxo de grandes navios, que precisam contar com serviços de rebocagem com padrão mundial de qualidade.

A navegação é do mundo. Quando viajo para fora do Brasil, vejo que somos vistos como benchmarking. Estamos bem posicionados. Com o fortalecimento da nossa frota, nossa perspectiva é de crescimento.

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