Operadores Logísticos driblam desafios, investem em inovação e registram crescimento

  • 07/01/2022
  • 28 minutos

“O ano de 2021 poderá ser lembrado como o ano em que o setor de logística como um todo fez um verdadeiro malabarismo”. Essa é a análise da diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha, ao observar os desafios enfrentados pelo mercado durante os últimos 12 meses. Pandemia; variações no preço dos combustíveis; inflação e taxas de juros altíssimas; paralisações pontuais de caminhoneiros em acessos a portos importantes do Brasil; fechamento de portos por medida de segurança sanitária em diversos países, comprometendo o fluxo do comércio internacional; escassez de peças essenciais para a indústria e a crise de contêineres. Esses foram alguns dos empecilhos e imprevistos que impactaram diretamente o trabalho de gestão, armazenagem e distribuição de mercadorias, além das demais atividades desenvolvidas pelos Operadores Logísticos.

“Ao mesmo tempo em que precisaram atender a um aumento da demanda sem precedentes, imposta de forma veloz a partir do início da pandemia, esses atores, que são peças-chaves para o desenvolvimento eficiente das cadeias de suprimento e abastecimento, também tiveram de lidar com mais de 10 ajustes no preço dos combustíveis ao longo do ano e inflação e taxas de juros atingindo patamares que há muito não se via no Brasil. Com isso, a pressão para que os OLs rapidamente ajustassem seus planejamentos para melhor atender seus clientes, sem grandes perdas econômicas ou de eficiência logística, aumentou sobremaneira”, destacou Marcella.

Para ela, o caos se instalou, sobretudo, quando o acesso a contêineres, hoje principal meio pelo qual cargas transitam no comércio internacional, se tornou escasso. Contêineres vazios e parados em portos pelo mundo fizeram triplicar o valor do frete, chegando a mais de U$ 10 mil. “Para completar, nas semanas marcadas por greves e paralisações pontuais de caminhoneiros, Operadores Logísticos, transportadores rodoviários, empresas portuárias e marítimas em geral sofreram uma pressão ainda maior de clientes e embarcadores, exigindo que revisassem seus planejamentos logísticos para evitar que a carga ficasse parada por mais dias. Foi um verdadeiro malabarismo”, afirmou a diretora executiva da ABOL, no cargo desde abril.

Quando o assunto são as ações realizadas internamente pela ABOL, 2021 representou um marco na história da Associação, com resultados rápidos e perceptíveis obtidos por mudanças, que buscaram uma maior aproximação das empresas filiadas, fortalecimento da comunicação e, principalmente, o cumprimento da maior missão da nova gestão: tornar a função do Operador mais acessível à sociedade. “Reposicionamos a imagem da entidade e caminhamos ao lado das empresas, entendemos, in loco, os desafios que enfrentam e seus anseios particulares e setoriais, e então alcançamos mais capilaridade em nossas atuações”, ressaltou Marcella. O número recorde de pedidos de novas filiações neste ano corrobora com o cenário satisfatório verificado no período.

O foco no Projeto de Lei 3757/2020, que regulamenta a atividade do Operador Logístico no Brasil, foi mantido. A Associação se debruçou no novo texto do PL, de forma que atendesse os anseios de outros stakeholders importantes nessa discussão. O novo texto será em breve entregue ao relator do projeto, Dep. Isnaldo Bulhões (MDB/AL), para que, então, seja possível ter uma legislação clara sobre as atividades e serviços prestados pelos OLs. “Juntos, temos construído um mercado mais sólido, lidando com as transformações geradas pela pandemia. Para 2022, a palavra será crescimento”, enfatizou a diretora.

Ao todo, a ABOL conta com 29 associadas, que sentiram os impactos gerados pela instabilidade econômica e pela crise sanitária, a qual ainda não se sabe ao certo se está a caminho do fim.

Veja como alguns dos OLs associados à ABOL performaram em 2021:

BBM
Na BBM, a receita líquida teve recorde, atingindo um aumento de 37% em relação ao período anterior. As vendas online também tiveram alta de 53,4% no volume de entregas da Diálogo (empresa do grupo focada em lastmile) nos primeiros 9 meses de 2021, em comparação ao mesmo período de 2020.

Com relação às duas principais divisões de negócios, foi apresentada expansão significativa, com novos clientes e expansão geográfica. A divisão TM (Transportation Management) atingiu 37,3% na receita líquida, representando 66,5% do faturamento líquido da BBM. Já a divisão de DCC (operações logísticas dedicadas) cresceu cerca de 42% na receita líquida em comparação a 2020.

Mesmo diante do crescimento significativo, a empresa enxerga 2021 como um ano desafiador, levando a uma movimentação pela busca de alternativas e entendendo que grandes alterações na área de logística e transporte envolvem infraestrutura, mudança de processo de malha de distribuição, perfil de equipamentos e investimentos que nem todas as empresas têm condições de fazer.

No terceiro trimestre, os principais investimentos foram para a renovação de frota e compra de novos equipamentos, melhorando a performance operacional e expandindo as operações com clientes já existentes, com consequente aumento na receita bruta. Na frente digital, a BBM continua avançando fortemente nas iniciativas de inovação, eficiência e qualidade. O desenvolvimento da Plataforma Digital BBM continua avançando e, em adição às implementações que já vem sendo realizadas em operações selecionadas desde 2020, a operadora está se preparando para o 1º Go Live do Marketplace, ferramenta que conectará as demandas de fretes com motoristas autônomos para maior eficiência, agilidade e otimização dos recursos.

Brado
A Brado, ao longo dos anos, tem se consolidado como referência nacional em serviços de logística multimodal e os investimentos constantes em inovação e tecnologia fazem parte dos fatores que levam a empresa a esse reconhecimento do mercado. E durante o período de pandemia não foi diferente. Foram mantidos os investimentos em tecnologia e material rodante. O desenvolvimento de contêineres de 53 pés e do modelo de composição Double-Stack permitiu ter uma operação mais sustentável, com ganhos significativos de produtividade e rentabilidade, transportando mais volume e contêineres num mesmo trem e reduzindo custos operacionais.

Além disso, a empresa vem investindo em um novo terminal para sua operação de contêineres, que será instalado em Davinópolis (MA). No último ano, a Companhia iniciou os testes operacionais com os contêineres de 53 pés, projetados para atender as necessidades do mercado interno com relação às cargas leves e ao mesmo tempo volumosas. Esse novo modelo suporta o mesmo peso total de um de 40 pés: cerca de 27 toneladas.

A agenda ESG também faz parte dos do foco de atuação da operadora logística. Além de investimentos focados em governança e cada vez mais ações de diversidade e inclusão, a empresa tem estimulado investimentos em uma logística multimodal, capaz de trazer benefícios como a redução de emissões de CO2 e redução de custos para diversas pontas do setor. Ainda nesse contexto, tem trabalhado desde 2019 em um projeto de gestão de gases de efeito estufa batizado de Green Log.

Coopercarga
Na Coopercarga, o ano de 2021 ainda foi desafiador. Nesse período de adaptação à nova realidade de trabalho, a empresa adequou o seu quadro de colaboradores e adotou novas medidas estratégicas, sendo mais criteriosos nas decisões e realizando um forte trabalho de Inteligência de mercado, analisando as tendências e focando na sustentabilidade dos negócios. Um dos primeiros desafios enfrentados como Grupo Coopercarga foi a adoção do online como prática diária. Nesse sentido, a companhia passou a encontrar os clientes de forma digital, e assim, as reuniões se tornaram mais efetivas e pontuais.

O principal impacto no modelo de negócio da Coopercarga foi e está sendo a oscilações das moedas e do poder de compra. Além disso, o aumento extensível e sucessível do óleo diesel impactou diretamente no negócio. Pode-se destacar ainda o aumento geral nos insumos relacionados ao transporte, a manutenção dos veículos e o preço dos novos veículos, que também cresceu expressivamente.

Nos investimentos, o destaque ficou para a frota leve de veículos elétricos, em parceria com o cliente O Boticário. Diante disso, foi assumido o compromisso de trabalhar para que, até 2026, a companhia tenha uma frota 100% elétrica nos veículos leves. Em termos de inovação, a Coopercarga foi a primeira Cooperativa de transportes do Brasil. Além de ser um dos seus 05 valores, a Inovação do Grupo Coopercarga tem diversas atividades com foco na propagação da Cultura de Inovação com a geração de valores.

DHL
Na DHL houve um crescimento significativo em termos de volume transportado, novos clientes e projetos. Ao mesmo tempo, foram identificados três desafios principais. O primeiro foi a ruptura em algumas cadeias de produção, seja por questões no transporte internacional, lockdowns localizados ou os produtores não conseguirem acompanhar o ritmo da retomada. A empresa teve que trabalhar com prazos de entrega ainda menores e ter mais flexibilidade nas operações a fim de atender às flutuações do mercado.

O segundo foram as restrições em algumas cidades exigindo um cuidado redobrado em relação aos protocolos sanitários. Por fim, o terceiro desafio se refere à pressão maior de custos, especialmente em relação aos combustíveis. Trabalhou forte para encontrar alternativas, como maior consolidação de carga, compartilhamento de malha e até o uso mais intensivo de veículos a propulsão elétrica.

Os investimentos estiveram ligados a duas frentes, como o reforço das capacidades, com uma equipe que já se aproxima de 20 mil pessoas. De outro lado, tem sido dada continuidade à expansão das filiais e cross dockings pelo país. Além disso, será inaugurado um novo Centro de Distribuição em Extrema (MG) e um hub/filial de transportes na grande São Paulo. Agregar tecnologia inovadora para aprimorar eficiência também faz parte dos planos. Nesta área, a DHL Supply Chain América Latina anunciou um investimento de EUR 30 milhões em digitalização logística e inovação. Outra novidade foi a expansão da frota de veículos elétricos.

FM Logistics
Na FM Logistics, 2021 foi um ano de retomada, um período mais otimista e de recuperação, com as empresas passando definitivamente a visualizar o quanto a tecnologia e a digitalização são importantes para o negócio. A empresa registrou queda de 3,6% no faturamento no ano fiscal, encerrado em 31 de março de 2021. O resultado foi reflexo da desaceleração econômica. Porém, logo no 2º semestre do ano, o cenário foi mais favorável, apresentando um crescimento de 1,5%.

No quesito investimentos, a empresa dispõe, anualmente, mais de 100 milhões de euros em tecnologia e inovação para garantir cada vez mais agilidade e confiabilidade às suas operações. A FM Logistic também quer estar inserida no mercado como uma empresa de logística “green”, que se preocupa com o meio ambiente e a sustentabilidade. Para isso, tem investido em frota de veículos ecológicos (elétricos, híbrido, gás e hidrogênio). Globalmente, a empresa assinou 207 milhões de euros em novos contratos entre abril de 2020 e março de 2021, sendo que a grande parte deles estão relacionados aos serviços de omnichannel e e-commerce.

Gefco
Para a Gefco Brasil, 2021 está sendo um ano de colher os frutos do forte trabalho de reorganização da companhia, iniciado ainda em 2020 para adequação à nova realidade de mercado. O desafio foi acompanhar as oscilações nas produções dos clientes, advindas tanto da crise de semicondutores como da falta de espaço em voos e navios.

Ao ser questionada sobre uma possível retomada, depois dos grandes impactos gerados pela pandemia, a empresa aponta que não foi como esperado, devido às questões político-econômicas locais. Por outro lado, alguns setores em que atua, como o agronegócio, por exemplo, atingiram números recorde de produção e vendas. Este mix foi, inclusive, muito importante para o crescimento verificado este ano. Já os investimentos foram direcionados para inovação, digitalização e soluções logísticas sustentáveis.

Grupo Toniato
No Grupo Toniato, foi necessária a adoção de medidas drásticas na contenção de custos para suportar a elevada alta dos índices. A empresa chegou a ser obrigada a reduzir a estrutura de pessoas. No entanto, mesmo com o cenário instável, o Operador abriu duas novas unidades para a prestação de serviço de armazenagem, em estados que ainda não atendia (Goiás e Mato Grosso do Sul), como parte do seu plano estratégico de expansão.

Investimentos em tecnologia e frota também compuseram os avanços deste ano, dentro da cultura de inovação da empresa. Os destaques ficaram para o Núcleo de Tecnologia, que se tornou uma empresa com foco também na venda de tecnologia para o mercado.

ID Logistics
Na ID Logistics, o constante crescimento do e-commerce trouxe resultados positivos para 2021, apesar dos necessários ajustes rápidos para o atendimento dos novos padrões exigidos pelo mercado. O desafio ficou para uma das principais características das vendas online: o número de pessoas envolvidas no processo. Para a empresa, a inviabilidade financeira do Brasil quando se trata de automação e mecanização, pelo alto valor da moeda estrangeira, traz grandes dificuldades para os OLs em relação a treinamento e retenção das equipes operacionais, sobretudo nos novos polos de grande concentração de empresas de marketplace, como Cajamar/SP, grande São Paulo e Extrema/MG.

Em termos de investimentos, o Operador concentrou-se em projetos de novos clientes, com foco em instalações das edificações e investimentos em TI (hardware e software). De forma ampla, a empresa observa que os avanços verificados no setor incluem a busca pelo melhor lead time e redução de custos operacionais.

Luft
Nova associada da ABOL, a Luft observa 2021 como um ano bastante produtivo com o implemento de mais de 100 clientes na área da Saúde, operações logísticas que demandam expertise e alta complexidade, envolvendo desde armazenagem, transporte e cadeia fria, até frete internacional, rastreamento, embalagem para transporte e gerenciamento de produtos com necessidades especiais. Os investimentos foram direcionados para gestão e tecnologias, que atendem aos requisitos da indústria 4.0.

Em parceria com LABORPACK, INEL e R&B Rastreabilidade Brasil, foi criada uma solução de serialização de produtos farmacêuticos. Trata-se de uma solução flexível, que se integra perfeitamente à cadeia logística dos fabricantes e atende ao Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, que entrará em vigor em abril de 2022. Este serviço inovador resolve os novos desafios comerciais e regulatórios da indústria, com todas as licenças, certificados e boas práticas de fabricação nesta área.

Já em parceria com a First Ambiental, foi lançada uma solução integrada de destinação ambiental de produtos farmacêuticos dentro da sede, em Itapevi (SP), passando a assumir processos de logística reversa de medicamentos e outros produtos da área da saúde. Além disso, a Luft segue investindo em programas de treinamento das equipes, aumento e renovação das frotas próprias de caminhões e expansão das áreas de armazenagem.

Multilog
Apesar da insegurança do mercado em razão da economia, e incertezas em relação à pandemia, a Multilog cresceu em torno de 20% em comparação a 2020. Nas unidades de fronteiras, a empresa bateu recorde de movimentação histórica, muito em razão do aquecimento do rodoviário, devido às dificuldades do marítimo instaladas em 2021.

Os investimentos envolveram a renovação de equipamentos e máquinas de movimentação nos armazéns. A Operadora Logística adquiriu novos veículos para rotas específicas entre as unidades, foi feita a modernização de armazéns, incluindo sistemas de gerenciamento de estoque (Korber nos CD), além de investimento no portal do cliente, GENIUS. Alguns outros acontecimentos, como a vitória na licitação de Dionísio Cerqueira, também se traduz em um grande investimento que a Multilog se comprometeu em realizar já a partir do início do próximo ano.

Mundial
No resultado geral, para a Mundial Logistics, o ano de 2021 será melhor, do que o apurado em 2019, pré pandemia, com crescimento double digit. O foco dos investimentos foi em análise da performance operacional e otimização dos processos para ganhos de produtividade e performance. A estratégia se mostrou acertada, fazendo com que a empresa encerre o ano com crescimento em receita e EBITDA. Também houve aporte nas áreas de automação e gestão da informação, e foi criada uma gestão da inovação para liderar essa frente nos próximos anos.

Sobre os desafios, a Mundial destaca que as pressões inflacionárias precisaram ser compensadas por ganho de produtividade e renegociação de tarifas com os principais clientes.

Penske
A Penske está prevendo um aumento de volume importante em segmentos como automotivo, eletrônicos e de consumo, que foram muito afetados desde o início da pandemia. Foi observado no ano, no entanto, um aumento significativo de propostas e projetos recebidos, ainda que a alta da inflação e os diversos aumentos de custo em toda a cadeia sejam um grande desafio. A empresa ainda vê como incerto prever se o setor conseguirá ou não repassar suas tarifas e o impacto dos aumentos de custo do diesel, por exemplo.

Os investimentos em 2021 incluíram aporte de mais de R$ 4 milhões em um hub de transportes próprio para consolidar cargas de diferentes clientes, ter uma operação de transporte ainda mais eficiente e otimizar custos. O hub fica localizado em Guarulhos, região estratégica para muitos clientes, e tem capacidade de carregamento de até 50 veículos por dia. Além disso, mais de R$ 5 milhões estão sendo investidos para melhorias dos softwares. Foi criada, ainda, uma nova área de Inovação, liderada pela diretora de TI e totalmente independente dentro da companhia, que conta com uma série de iniciativas, inclusive de fomento a startups. A automação de processos por meio de robôs também fez parte das ações da Penske ao longo dos últimos meses.

Santos Brasil
Para a Santos Brasil, 2021 foi um ano desafiador, com demanda em escala crescente e congestionamentos globais na logística que trouxeram desafios em custos e oportunidades de desenvolvimento de novos negócios. A empresa observou o período como um efeito chicote de ressuprimentos de matérias-primas, bem como de bens de consumo, pós período mais crítico da pandemia.

Apesar disso, houve crescimentos expressivos no comércio internacional, além da evolução exponencial do consumo via e-commerce. Os investimentos estiveram ligados ao aumento de capacidades em armazéns gerais (incremento de 30% se comparado com 2020), redefinição de layouts para aumento de capacidade em CLIAS (zona secundária portuária), inserção de novas tecnologias para rastreabilidade de cargas nos ativos em todo o processo da operação one stop shop, desde o porto até o reabastecimento do e-commerce. Também foi feito incremento de novos ativos na frota rodoviária própria.

UPS
Em maio de 2021, a UPS se tornou a transportadora líder no mercado com um vertical dedicado à saúde, oferecendo um conjunto de tecnologias de cadeia de frio, as melhores capacidades da classe e instalações globais expandidas. A UPS Healthcare, com base na experiência e liderança demonstrada durante a pandemia, iniciou recentemente um plano agressivo de expansão global de investimentos em rede que oferece às empresas o melhor em logística de cadeia de frio e continuará a apoiar o futuro do setor de saúde. Esses investimentos também incluirão experiência global agregada, redes terrestres maiores, instalações novas e expandidas e mais transparência para movimentação de pacotes.

Em relação aos desafios, a empresa observa que o setor precisa se manter focado em garantir que a capacidade logística acompanhe a capacidade de produção, melhorando a infraestrutura e realizando entregas de forma segura e eficiente. Outro desafio na eficácia e custo do transporte é o preço do combustível a nível mundial. A operadora enfatiza que ainda há um sofrimento devido aos impactos da pandemia, que reduziu a frequência de voos domésticos e aumentou a demanda pelo serviço de transporte rodoviário no Brasil. Mesmo com estas dificuldades, a UPS não deixou de oferecer ao cliente o melhor serviço.

Wilson Sons
Na Wilson Sons, foram registrados resultados acima dos obtidos no ano passado, no acumulado de setembro. A receita aumentou 14,7% e o EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 22% em relação ao mesmo período de 2020. Em outubro, a companhia migrou as suas ações para o Novo Mercado da B3, facilitando a atração de investidores e financiadores. Além disso, ao longo deste ano, a empresa refletiu sobre o seu papel no desenvolvimento sustentável do Brasil, divulgando o seu propósito.

Também em 2021, a Wilson Sons foi eleita uma das melhores empresas do País para se trabalhar, segundo a consultoria global GreatPlacetoWork®Brasil. Apesar dos resultados positivos, sentiu o impacto da falta de disponibilidade de contêineres vazios, que continuam a desafiar os volumes de exportação. Os investimentos foram vultuosos. A Wilson Sons concluiu, no começo do ano, a ampliação do Tecon Salvador, com aporte R$ 500 milhões. Em março, a operadora adquiriu participação minoritária e foi fechado acordo de exclusividade comercial nos portos brasileiros com a israelense Docktech. Recentemente, também foi assinado um acordo de cooperação técnica com a Santos Port Authority (SPA) para aperfeiçoamento e uso de tecnologia inédita de monitoramento do leito marítimo, desenvolvida pela DockTech.

Fonte: https://abolbrasil.org.br/posts/operadores-logisticos-driblam-desafios-investem-em-inovacao-e-registram-crescimento/