Segundo Relatório de Sustentabilidade é divulgado pela Wilson Sons
- 09/05/2023
- 12 minutos
Empresa destaca avanços na gestão de riscos e oportunidades na agenda climática e na construção de rebocadores mais sustentáveis
A Wilson Sons, maior operador de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, divulgou, na sexta-feira (05/05), o Relatório de Sustentabilidade 2022, destacando ações da companhia que demonstram o compromisso com a transparência de suas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG na sigla em inglês). Entre as iniciativas estão os avanços na gestão de riscos e oportunidades na agenda climática, e a construção e operação de rebocadores com tecnologia mais sustentável. A companhia ficou entre as empresas com melhor pontuação do setor na Avaliação de Sustentabilidade Corporativa da Standard & Poor’s (S&P) Global, da prestigiada agência de classificação de risco e referência internacional no reconhecimento das boas práticas ESG.
A empresa (Ticker PORT3), listada no Novo Mercado da B3 (a Bolsa de Valores brasileira), que exige os mais altos padrões de governança, apresentou no relatório números de sua resiliência, em um cenário de desequilíbrios causados pela pandemia nas cadeias logísticas globais. A receita líquida cresceu 6,2% no ano passado, em relação a 2021, para R$ 2,3 bilhões, impulsionada pelo desempenho das divisões de rebocadores e logística.
A Wilson Sons destaca que trabalha, de forma intensa, para reduzir emissões de CO2 e otimizar a cadeia logística, essencial ao desenvolvimento sustentável do Brasil, já que 90% do fluxo de comércio do País são transportados por via aquaviária. Isso corresponde a mais de 25% do PIB brasileiro. O transporte marítimo é menos nocivo ao meio ambiente em termos de emissões de gases de efeito estufa, comparado ao rodoviário e ferroviário. O transporte via cabotagem é 44% menos intensivo em carbono que o ferroviário e 81% inferior ao rodoviário, responsável por mais de 60% do movimento de cargas no Brasil.
“A publicação deste relatório de sustentabilidade é mais um passo para a divulgação cada vez mais consistente do desempenho econômico, ambiental, social e de governança da Wilson Sons. O nosso desempenho financeiro e operacional resiliente fortalece o compromisso de longo prazo orientado à criação de valor aos nossos stakeholders. Por isso, prezamos pela segurança das pessoas, pela preservação do meio ambiente e pelas comunidades onde atuamos”, diz Fernando Salek, CEO da Wilson Sons.
A companhia enfatiza que, em 2022, mesmo em cenário desafiador devido a gargalos logísticos e conflitos geopolíticos que impactaram o setor mundialmente, os seus terminais de contêiner — no Rio Grande do Sul e na Bahia — movimentaram mais de 900 mil TEU (unidade correspondente a um contêiner de 20 pés). Já a frota de rebocadores, a maior e mais moderna do País, fez cerca de 55 mil manobras portuárias, liderando os serviços de rebocagem no Brasil.
‘Classe mundial’ em segurança
Guiado pelo padrão da Global Reporting Initiative (GRI), o relatório da empresa em 2021 foi premiado no ESG Reporting Awards 2022 — Best Sustainability Reporting, como a companhia com o melhor relatório na categoria serviços, superando corporações globais.
No novo relatório, são apresentados dez temas de sustentabilidade mais relevantes para a empresa. Entre eles estão “Emissões e mudanças climáticas”; “Saúde e segurança do trabalho”; “Ética, transparência e integridade”; “Energia”; “Impacto socioeconômico na comunidade”; “Recursos hídricos e de resíduos”; e “Impactos nos ecossistemas aquáticos”.
A Wilson Sons ressalta que figurou, em novembro do ano passado, no quintil superior da indústria de transporte e infraestrutura de transporte na Avaliação de Sustentabilidade Corporativa da S&P Global de 2022. A companhia está em um seleto grupo, de todo o mundo, de empresas mais bem posicionadas, o que representa 15% do total. A avaliação tornou-se a base para vários índices ESG nas últimas duas décadas.
No esforço para reduzir as emissões de carbono, a empresa gerencia riscos e oportunidades ambientais. Dessa forma, as iniciativas refletem o compromisso com a geração de valor socioambiental para a conservação dos ecossistemas onde está presente. A comissão de risco da companhia é responsável por avaliar as estratégias e modelos utilizados na gestão integrada de riscos. A comissão avalia e monitora periodicamente os riscos aos quais a companhia está exposta, como os climáticos, socioambientais, tecnológicos e regulatórios, priorizando recursos para responder a esses riscos.
No combate às mudanças climáticas, o conselho da Wilson Sons busca seguir as recomendações da TCFD (sigla em inglês para Task Force on Climate-Related Financial Disclosures), iniciativa dedicada a promover a transparência corporativa sobre o tema e apoiar a avaliação e precificação de riscos e oportunidades relacionadas às mudanças climáticas. A companhia tem respondido aos pilares da TCFD e busca, anualmente, avançar no amadurecimento de suas ações e divulgações relacionadas ao clima. O conselho da empresa é responsável pelo sistema de controles internos, para garantir uma governança corporativa robusta. Além disso, o comitê de auditoria e riscos auxilia o conselho no monitoramento da eficácia desses controles internos e políticas de gestão de riscos.
A companhia também destaca no relatório de 2022 que é “classe mundial” em segurança. No ano passado, superou a referência internacional com taxa de frequência de acidentes com afastamento de 0,45 incidentes por um milhão de horas trabalhadas. E o ano terminou com “zero acidentes fatais ou graves”, entre os seus 3.920 colaboradores diretos. A empresa foi ainda premiada pelo Great Place to Work,(GPTW), na categoria Grandes Empresas para Trabalhar (com sede no Rio de Janeiro).
“Incorporar as questões de sustentabilidade à gestão do setor portuário torna-se estratégico e essencial para a perenidade das empresas, pois o desempenho econômico dependerá cada vez mais do equilíbrio entre todos os temas. Há uma demanda crescente dos clientes, investidores, acionistas, financiadores, organizações da sociedade civil, colaboradores, consumidores, órgãos reguladores, enfim, da sociedade, para todas as etapas da cadeia produtiva em relação aos temas ambientais, sociais e de governança”, enfatiza Monica Jaén, diretora de Sustentabilidade da Wilson Sons.
Descarbonização da matriz energética
A Wilson Sons vem identificando oportunidades de descarbonização de sua matriz energética. A companhia mantém o compromisso de publicar proativamente seu Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) no registro público, do Programa Brasileiro GHG Protocol. Em 2022, a empresa recebeu, pelo segundo ano consecutivo, o Selo Ouro do GHG Protocol, o que evidencia exatidão e rastreabilidade das emissões reportadas por meio de verificação independente.
Nos terminais de contêiner, por exemplo, a Wilson Sons reduziu em 20% a intensidade de carbono operacional (kgCO2/ TEU), reorganizando o layout do pátio no Tecon Salvador e priorizando equipamentos com energia mais limpa. Já a Central de Operações de Rebocadores (COR) da empresa, em Santos (SP), otimiza as rotas de navegação na costa brasileira e ajuda a reduzir o consumo de combustível das 81 embarcações da companhia. A unidade de Rebocadores, responsável pela maior parte da pegada de CO2 do grupo, reduziu em 2% suas emissões, devido principalmente ao menor consumo de diesel em viagens para docagens e atendimentos a operações especiais.
Desde o ano passado, a frota passou a contar com os rebocadores WS Centaurus e WS Orion, os mais potentes e sustentáveis do País, com mais de 90 toneladas de tração estática. As embarcações fazem parte de um ciclo de construção de seis novos rebocadores nos estaleiros da Wilson Sons, no Guarujá (SP), os primeiros no Brasil com o padrão Tier III da Organização Marítima Internacional. No final do mês passado, a terceira embarcação desse ciclo, o WS Rosalvo, também entrou em operação no Porto do Açu (RJ).
O novo design de casco tem hidrodinâmica mais eficiente e permite reduzir em até 14% o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de gases de efeito estufa. Há ainda uma redução de ao menos 70% de óxidos de nitrogênio, contribuindo para melhorar a qualidade do ar nos portos. O padrão é exigido só para áreas de controle de emissão, como algumas regiões da América do Norte e Europa, e foi voluntariamente adotado pela Wilson Sons.
Carbon Disclosure Project (CDP)
A Wilson Sons é membro do Carbon Disclosure Project (CDP), organização internacional, sem fins lucrativos, relevante para mitigar as mudanças climáticas. Em 2022, alcançou nota B no questionário de mudanças climáticas no segmento de transporte marítimo, evoluindo em relação à avaliação anterior (nota C), principalmente devido a uma melhor gestão dos riscos e oportunidades seguindo a metodologia da TCFD.
“Precisamos nos concentrar em capturar todas as oportunidades para reduzir ainda mais nossas emissões e contribuir para a economia de baixo carbono. E continuaremos perseguindo um desempenho de classe mundial da nossa infraestrutura, mantendo a segurança das nossas operações, e buscando consistentemente oportunidades para alavancar nossa posição de mercado, refletindo a resiliência do nosso modelo de negócio e a versatilidade dos serviços para desafiar e transformar o transporte marítimo em benefício de todos os nossos stakeholders, rumo a um futuro cada vez mais sustentável”, afirma Salek.
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